Pelo menos 20 cães são treinados pela Polícia Militar (PM) de Cacoal para agirem em situações onde ataques são necessários e até mesmo na localização de substâncias entorpecentes. Raio, Airon e Léo fazem parte do canil da Polícia Militar. Cada um deles é treinado para agir em situações específicas. Airon por exemplo, é especialista em guarda e proteção, ou seja, ele é usado em operações de choque, rebeliões e patrulhamento, além de fazer a guarda de pessoas e objetos.
Raio é bom no agility, que é uma pista onde o cão enfrenta obstáculos. Nela o animal desenvolve habilidades para agir em lugares estreitos, subir escadas ou até mesmo escalar alguma superfície. Além de ajudar os policiais nessas situações, após adquirir essa habilidade, o cão também realiza apresentações públicas e serviços sociais, pois na maioria das vezes o cão que pratica o agility é dócil.
“Os cães chegam ao canil quando ainda são filhotes e ao longo dos anos são treinados nas situações onde pretendemos que eles atuem. O cão se torna obediente ao comando do treinador, tornando-se aliado do policial durante o trabalho”, explicou o policial militar Ricardo Sette.
Já Léo é um cão de faro, ele ajuda os polícias a encontrarem substâncias entorpecentes, como maconha e crack. Ricardo explica que nem sempre o cão irá acertar o local onde a droga foi escondida, mas e 80% dos casos eles descobrem.
O comandante do 4º Batalhão Paulo Sityá, afirma que ao contrário do que muita gente pensa, o cão não se torna um viciado em droga para encontrar a substância. A técnica usada pela polícia é outra. “Quando o cachorro chega ao quartel fazemos com que ele se apegue a algum brinquedo, com o tempo nos colocamos o odor da droga nesse objeto, fazendo com que o animal encontre a droga achando que está procurando o brinquedo. Em seguida retiramos o brinquedo e deixamos que ele procure apenas o odor da substância, então todas as vezes que ele encontra a droga, nós damos o brinquedo como forma de recompensa. O cão nunca tem contato com a droga diretamente”, afirmou.
Os cães são treinados diariamente pelos policiais. Mas para que eles comecem de fato a trabalhar juntos a média de treinamento é de um ano.
O campo de atuação dos cachorros que auxiliam os policiais na captura de drogas, são na maioria das vezes na revista de ônibus intermunicipais e em residências onde há suspeitas que exista comercialização de entorpecentes.
Os cachorros policiais trabalham aproximadamente até os seis anos de vida, antes de se aposentar.
Fonte: Diário da Amazônia