1.1-Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: “Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é possível apenas pelo lado da receita resolver o fiscal”. Sem acreditar no papo Sêo Haddad fez as malas, mas “uómi” brecou. Dólar no 7, inflação quase 5, juros quase 12 e a tesoura sumiu. É hoje, é amanhã aí o “grande líder” pegou a perna do banquinho quebrado no banheiro deu uma porrada na mesa e berrou: “reunião já”. Luz vermelha acesa e eu tive a certeza de que a tal seriedade da Dona Tebet é só para o Trump ver. Primeira reunião e já marcada nova reunião. “Perdeu Mané!”, mas agora nada a ver com Sêo Barroso: “os manezes somos nozes!” Como assim cortar o que? Tá maluco? O PT “sifu” na eleição, mas quer os prometidos, uómi quer avião novo, a cumádi quer fazer seu Janjapalooza, Bozo quer anistia, oposição estica a corda e não para de subir “cumpanhêro” na carreta furacão. Imposto sobre Bolsa Família é uma boa, mas demora. Reduzir ministérios não dá. São 39 apenas. Vacina está em falta e talvez até anestesia. Cortar assim? Sem anestesia? Tenha paciência…
1.2-Brasil na UTI econômica
Sinto muito, más notícias: a perspectiva da dívida bruta nacional deve ultrapassar 84% do PIB em 2026. A economia brasileira está no labirinto fiscal para grandes e pequenos CPFs e CNPJs. Juro alto, real depreciado e barafunda na economia pois não se sabe quem faz, não ou comanda o que, à exceção do BC, mas que é atacado pelo próprio governo. Não vejo o que o governo pode fazer para reduzir o problema pois é quase impossível cortar os gastos que a lógica impõe, sem que haja a possibilidade de colapsarem em serviços básicos essenciais. Infelizmente parece que o bruxo mentor e executor das políticas na economia é Sêo Lule que pouco afeito a livros e estudos, não consegue ver que o chistoso e mambembe arcabouço fiscal do qual pouco ou nada se sabe não tem sequer bússola para indicar o norte. Nosso caótico sistema fiscal e tributário foi mexido demais, sem qualquer cuidado e virou isso aí, uma favela de impostos, taxas, índices e arrocho.
1.3-Desarmando o palanque
Antes de desarmarem palanques e guardarem discursos, narrativas, embustes, mentiras e desinformações que hoje chamam de fake news, a direita e a esquerda resolveram se estapear de forma diferente. Nada de esquerda chutando a direita e vice versa. Os possuídos criaram o “brother in fight”: Gleisi bate no Haddad, que bate na Tebet, que bate em Padilha que bate no Silveira e todos apanham do Veín do 3º andar. Na direita a luta é diferente: Marçal bate em Nunes, Tabata e apanha do Datena. Caiado bate em Malafaia, Tarcísio, Zema Girão e todos apanham do Bozo. A paz de araque entre direita e izquierda brazuka foi selada com a volta do Trump, incensado e aplaudido pelo mundo judaico-cristão e malucos do “clube da bomba”. Trump é unanimidade. Aqui Bozo e Lula dobraram as espinhas e até a “tchurma da supimpa toga” calou-se, o que é difícil de se ver. Agora considerando que os parlamentares brazukas são donos, emissores e receptores das emendas, que tal emendar tudo, fechar a lojinha, e jogar tudo para 2025? O governo faz de conta que governa, a oposição faz de conta que se opõe e depois do carnaval o Brasil reabre o boteco e faz outra eleição polarizada Lula x Bozo. É o Brasil-sil-sil!
1.4-Mexendo em casa de caba
Marcel Van Hattem é jornalista, gaúcho, deputado federal filiado ao Partido Novo, voz oposicionista das mais respeitadas e destemido. Em 14 de agosto passado, do plenário da Câmara ele discursou e comentou a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro: “Sabem o que todos eles têm em comum? Todos eles, que hoje estão sendo perseguidos pela PF, divulgaram a foto de mais um abusador de autoridade da PF, deste aqui: Fábio Alvarez Schor, estampado nesta foto. Falei dele ontem, duas vezes. Falei hoje, mais uma vez, na Comissão de Relações Exteriores, e falo dele aqui, da tribuna, mostrando sua foto. Se ele não for covarde, que venha também atrás de mim!”. Em 4 de outubro, Van Hattem foi intimado pela PF para prestar depoimento, no âmbito de um processo sigiloso no STF e ele encarou: “Não comparecerei hoje para depor na Polícia Federal e não cumprirei ordens ilegais. Assim como não me submeti à censura imposta ao X, também não me submeterei às tentativas de intimidação promovidas pela Polícia Federal e pelo STF para explicar quaisquer das minhas opiniões, palavras e votos. A Constituição precisa ser respeitada e está ao meu lado!”. Ontem Marcel foi à PGR e quer que Sêo Paulo Gonet se manifeste sobre imunidade parlamentar. O Art. 53. Da Constituição Federal de 1988 diz: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.”
02-Ponto final
O MPRO propôs ação de improbidade contra Junior Lopes da SEJUCEL e pede sua condenação por suposto desvio de finalidade dos recursos para o “Duelo da Fronteira” em Guajará. Constam ilícitos na escolha da entidade, na execução, prestação de contas, etc. Feito o registro, esclareço que o processo investigatório se dá em várias etapas e não importa quem é apontado como responsável pelos eventuais desvios ou ilícitos, é preciso aguardar a sentença final sendo imperioso que haja a ampla defesa, direito à contradita e respeito à presunção de inocência e se provada a improbidade que o culpado ou culpados paguem por seus atos.
03-Penúltimo pingo
Vou dar um rolê e ver o que fazer nas férias. Se eu fizer, na volta eu conto. Tchau.
Por Leo Ladeia | [email protected] | 08112024