Quer queira quer não, goste você ou não, Léo Moraes é o novo prefeito de Porto Velho, eleito no segundo turno da eleição para comandar os destinos do município por um período de quatro anos. Isso, evidentemente, se não houver nenhum erro de percurso. Oremos para que ele possa não somente concluir o seu mandato como também responder positivamente às reivindicações da população, principalmente nas áreas da saúde, educação, mobilidade urbana, abastecimento de água potável e saneamento básico, em cujas áreas a atual administração não conseguiu avançar como se esperava, por isso mesmo exploradas à exaustão por adversários durante a campanha eleitoral.
Paralelo a isso, Léo precisa buscar a presença de Deus para não deixar-se dominar pela egolatria, munir-se da sagacidade de um polvo (considerado um dos animais mais espertos entre as espécies domesticadas) e da paciência de um monge para lidar com o fisiologismo, prática comum na política brasileira, que consiste na liberação de cargos para parlamentares em troca de apoio político. Se quiser fazer passar seus projetos no parlamento, o chefe do executivo vai precisar abrir mão de importantes nacos de poder. Ou cede ou não governa.
E não adianta estrebuchar, colocar nos jornais, na televisão, que ninguém vai resolver nada. Esse é um assunto discutido no submundo da política, distante dos holofotes. A menos que faça como um ex-governador de Rondônia. Cansado de ser refém de parlamentares gravou conversas com deputados pedindo propina em troca de apoio político. Depois, jogou tudo no ventilador. Foi o fim dos comensais. É disso que sobrevive a politica brasileira, com as devidas exceções. Novo prefeito, velhos problemas!
Por Valdemir Caldas