CACOAL – Moradores de um dos bairros de Cacoal – a cidade de Rondônia com o melhor IDH – cerca de 440 quilômetros da capital, Porto Velho – sofrem com o descaso da distribuidora e comercializadora de energia em Rondônia, Energisa. No último domingo, um problema que a empresa se nega a revelar aos moradores provocou a queda da energia elétrica em boa parte do bairro Jardim Saude, por volta do meio dia. Desesperados com a falta de um bem tão essencial, moradores começaram a ligar para o serviço de atendimento ao público da Energia uma depois.
Nesta terça-feira, a reportagem deste www.expressaorondonia.com.br questionou a assessoria de comunicação da Energisa sobre o que teria motivado a falta de energia durante 24 hora no bairro Jardim Saúde, em Cacoal, mas não obteve nenhuma resposta.
Mesmo com os apelos de pessoas que não podem ficar longos períodos sem energia elétrica, segundo conta um morador indignado, as respostas dos atendentes são sempre muito arrogantes, sem passar nenhuma informação sobre a situação e sem dar uma previsão para a solução do problema.
A única explicação para esse tipo de tratamento arrogante oferecido ao consumidor e o descaso total com a resolução de, em muitos casos, um simples problema de queda de galhos sobre a rede a queima de um transformador demore, às vezes, 24 horas ou mais, é o fato de esse serviço ser um monopólio em que só uma empresa distribui e comercializa a energia.
Essa realidade que a cada dia se desnuda mais é um paradoxo com as campanhas publicitárias em que a Energisa ‘bate o bumbo’ sobre sua eficiência.
Se na maior cidade do país, São Paulo, o Brasil tem assistido o descaso da distribuidora e comercializadora de energia com a população, Enel, com aqueles que deveriam ser tratados com respeito e oferta de bons serviços, o consumidor, a ‘galinha dos ovos de ouro’ quando há um modelo com concorrência e não concentração na mão de uma única empresa, imagina o que acontece nos grotões desta imenso país e nas cidades menores.
Mas a salgada conta chega religiosamente mês a mês.
É um modelo que a população preciso começar a cobrar dos senadores e deputados federais a melhorá-lo ou revê-lo, de forma a tornar menos concentrado e com mais opções ao consumidor.
Em Cacoal, como de resto em várias outras regiões do país, a indignação, sensação de impotência e frustração tomam conta dos consumidores. O bairro Jardim Saúde, em Cacoal, vem sofrendo com sucessivas interrupções no fornecimento de energia elétrica desde que a concessionária Energisa assumiu a distribuição no estado. Neste domingo, dia 10 de novembro de 2024, o bairro enfrentou mais um apagão que começou ao meio-dia e só foi restabelecido na segunda-feira, por volta de 12h07, realçando mais uma vez o descaso da concessionária com a comunidade local.
O presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim Saúde (Ambasaúde), Jesus Antonio da Silva, também exige respostas e soluções para o problema. “É inaceitável que, em pleno 2024, uma concessionária de energia não consiga fornecer um serviço estável e confiável. Estamos cansados de promessas vazias e da falta de consideração com a nossa comunidade”, afirma o líder comunitário.
Daniel Oliveira, um dos moradores que reside há 25 anos na região afetada, explica que, sob a antiga administração da Ceron, as quedas de energia eram raras e duravam menos de 30 horas ao ano. Com a Energisa, no entanto, a situação mudou drasticamente: “Este ano, já somamos mais 60 horas sem energia, com três a quatro interrupções mensais em alguns períodos. Isso é um absurdo para um serviço tão essencial”, protesta.
Para buscar providências, Daniel Oliveira registrou uma denúncia formal no Procon de Rondônia, com o número de acompanhamento 24.11.0014.010.00064-3, detalhando a situação de descaso e cobrando medidas da concessionária. O documento representa a formalização da queixa de um problema que afeta toda a comunidade.
O morador destacou que fez várias tentativas de contato com a Energisa, registrando múltiplos protocolos, mas sem obter uma resposta satisfatória ou um plano de ação para solucionar as falhas. Ele, inclusive, enviou cópia do documento à nossa reportagem, onde constam os protocolos 59618240, Protocolo 59617513, Protocolo 59610893, Protocolo 59605813, do dia 10 e o protocolo 59622494 registrado pouco antes do meio dia desta segunda-feira, ainda para relatar a falta de energia no bairro.
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