Sob Conflito Nossa Alma Gira o Mundo – Por Geraldo Gabliel

Sob Conflito Nossa Alma Gira o Mundo – Por Geraldo Gabliel

Sob Conflito Nossa Alma Gira o Mundo

Torcendo pela Paz em Israel e Oriente Médio

Por Geraldo Gabliel

GERRY LATINUS SAPIENS

11º42’19”S 61º46’39”W

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NATHYE RODRIGUES

Rua Ervino Gerlach, 38 Centro

88103-090 – SÃO JOSÉ – SC

BRASIL

Asas, não nos foram dadas pela Natureza, a não ser as “asas da imaginação”, que nos levam longe, mesmo sem arredar um pé do lugar em que estamos em cada momento da vida. Aliás, até mesmo estando inerte – num lugar cômodo, tranquilo – vivemos numa ilusão de ótica realista: nosso Planeta é como uma ave que navega no Universo rumo ao infinito e, com ela, viajamos diuturnamente pelo espaço sideral – estamos, todos juntos, em eterno movimento além do simples imaginar…

Esta semana, Geh Latinus, descobriu que Alberto Santos Dumont é seu primo de 12ª geração – ficou feliz – e entendeu o porquê de seu fascínio por aviões, viagens, aventuras no Planeta Azul. Seu DNA tem a semente do êxodo por terra, mar e ar: – Seria esta a razão de tanta inquietação desta alma viajeira? Um trotamundo!

Algo me lembra o Pequeno Príncipe – que vivia sozinho em seu planeta, o Asteroide B-612. Ou melhor, vivia na companhia de 3 vulcões e uma rosa. Sentia-se tão só que resolveu explorar outros planetas e conhecer novas pessoas. (Antoine de Saint-Exupéry). É nesta vibe que G Latinus decola para um novo tour com outros 7 amigos por “terras nunca d’antes navegadas” ou, simplesmente nalgum lugar em que esteve como um beijo de Beija-flores.

Nesta inquietação, e preocupado com a paz mundial, Latinus dá o seu primeiro pit stop em Israel, sob o olhar atendo de Nathye Rodrigues (sobrinha) e  Guilherme – o seu esposo-companheiro –  antenados aos acontecimentos socioculturais e na geopolítica contemporâneos. Nathye, que viveu um bom tempo na Europa – um caldeirão fervilhante e multicultural de saberes – foi contemplada com o falar espanhol e, inclusive o catalão – na Península Ibérica (Catalunha). Agora, em países do Oriente Médio, especialmente em Jerusalém…

Em seguida, nos próximos domingos, teremos a oportunidade de conhecer outros amigos de Geh Latinus  – correspondentes destas Crônicas Populares – lugares e histórias fascinantes da Itália (L. Borille); da França (Loanna Carla); da Rússia (Alexander Ivanovitch); da República Dominicana (Maria Pérez); da Alemanha (Lilie Reichardt) e, do Canadá (Graciel Iury Bessa). Pessoas a quem o Criador deu o dom da simpatia – e, de dizer: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo [aquele] que cativas” (Exupéry). A curiosidade não perde por esperar:

Sob Céus Antigos: Sirenes e Silêncios Ameaçadores

                                                        Por Nathye, Guilherme & Amigos — Maio de 2023

– Caminhar por Jerusalém é tropeçar nos vestígios da eternidade. Cada pedra sussurra uma história milenar, cada esquina traz uma oração silenciada pelo tempo. Em maio, num tour marcado por fé e tensão, experimentamos o paradoxal sabor de estar vivos em um lugar que pulsa entre guerra e espiritualidade, e o sonho da Paz Universal.

No Muro das Lamentações — ainda embebidos pela reverência de tocar pedras que ouviram milhares de lamentos — os amigos, famintos, vão provar o shawarma local. O prato, denso em camadas, lembrava as discussões acaloradas do nosso grupo de condomínio: imprevisíveis e apimentadas – saborizadas com certa pitada de cumplicidade e atrevimento.

O atendente israelense era direto como um versículo: bufava, apontava, arremessava pitas na bancada. “Decide ou sai da fila”, sua atitude gritava, mesmo em silêncio. Nathye, à manezinho,  afeita a conversas longas e cortesia como o Catarina, sentiu o baque cultural. Ali, produtividade vinha antes da empatia — ou será que só parecia assim?

– Sim, sirenes soavam – um clima de medo e terror sonoro, ameaças…

Dias depois, em Tel Aviv, elas soaram como trombetas de um juízo moderno. Foguetes cruzavam o céu — lançados por grupos palestinos, interceptados pelo Iron Dome. Refugiados em abrigos, ouvia-se o silêncio ensurdecedor entre um estrondo e outro. – “Descobrimos que medo tem som, e que a coragem, às vezes, é ficar quieto”.

– O Waze (que nos guiava como novo Moisés digital) nos levou também ao inesperado: ruas de bairros muçulmanos em Jerusalém. As mulheres com véu, em sinal de respeito, não evitaram o olhar hostil de um guarda que nos apontou uma metralhadora e gritou: “Only Muslim”. Mostramos passaportes, engolimos o susto. O mercado parou para nos observar. Aquilo não era cena de um filme: era a vida real da Terra Santa.

No retorno ao Muro das Lamentações, foram recebidos com simpatia. Um oásis de tolerância. E quando uma criança lhes ofereceu uma garrafinha d’água sem pedir nada em troca, sentiram um fio de esperança, num ato gentil – a humanidade em pessoa, em inocência.

– No Monte Nebo, na Jordânia, ficamos em silêncio. Ali, Moisés contemplou a Terra Prometida. E nós, visitantes temporários, contemplávamos a complexidade do que significa prometer algo a um povo — e tirá-lo do meio de outro povo.

Tel Aviv também lhes ofereceu um contraponto. Guilherme conversou com um jovem israelense, ex-soldado e programador. “Aos 18, sabemos montar rifles. E vocês?”, perguntou. Ele pensou, pensou… e respondeu: “Pontes e Travessias.” Eles riram. E ali, naquele riso, talvez houvesse mais diplomacia do que em muitas reuniões de Estado.

– Viajar é se deixar fluir na história e no tempo. E em Jerusalém, fomos abduzidos sem fronteiras visíveis à nossa pequenez – diante da grandiosidade do personagem principal Jesus Cristo – que tornou aquele povo santo, aquela cidade santa… Olhares desconfiados, generosidades repentinas e pães com za’atar – um símbolo do que alimenta a alma para a vida eterna.

Se a Terra Santa é um espelho, então que bela e dolorosa imagem ela nos devolve: de um mundo que ainda busca onde repousar a paz aos homens de boa vontade!

– E a gente segue num curso de encantos e mistérios pelas sendas do Oriente… Voltando à Terra Prometida Brasil. (Em nossa alma, a realidade presente de Judeus, Palestinos e Iranianos que não fazem guerra, não querem a guerra!).

Shalom!

P.S,: E eu, Geh Latinus digo: – “Israel é um espelho de paradoxos: a inovação que vem da memória, a religiosidade que coexiste com a ciência, a dor que vira resiliência. E no meio disso tudo, a gente — turistas latino-americanos tentando entender o mundo com filtro do Instagram e alma de estudante de História.”

https://www.migalhas.com.br/depeso/395172/israel-hoje-desafios-curiosidades-e-historia

https://www.youtube.com/watch?v=BUAVsLXJ4ww Acesso em 21 de junho de 2025.

 

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