Ivo Cassol solicita retomada de pensão vitalícia ao STF apesar de vultoso patrimônio

Ivo Cassol solicita retomada de pensão vitalícia ao STF apesar de vultoso patrimônio

Ivo Cassol, que governou Rondônia de 2003 a 2010, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para a retomada do pagamento de uma pensão vitalícia, a qual tinha sido interrompida. Com um patrimônio declarado de R$ 134 milhões em 2022, a solicitação de Cassol gera controvérsias, dado o contexto de sua riqueza substancial.

Os advogados do ex-governador defendem a necessidade do benefício para sua subsistência, apesar da grande fortuna de Cassol. Ele recebia a pensão até março de 2020, quando foi suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli, do STF. A inconstitucionalidade do benefício foi posteriormente confirmada pelo ministro Luiz Fux em janeiro de 2021, devido à natureza e origem da pensão.

Contudo, há precedentes de decisões favoráveis no STF para outros ex-governadores e viúvas de ex-governadores, que receberam o benefício argumentando que são “verbas alimentares” essenciais para a subsistência de idosos. Os advogados de Cassol argumentam que os pagamentos foram feitos de boa-fé durante um longo período e que, portanto, deveriam ser mantidos.

O pedido inclui não apenas a retomada dos pagamentos mensais, que eram de R$ 25.322,25 brutos, mas também os valores retroativos pelo período de suspensão da pensão, que já soma quatro anos. O caso foi atribuído ao ministro Kassio Nunes Marques para análise.

Esta situação levanta questões sobre ética e justiça na distribuição de recursos públicos, especialmente quando beneficiários têm significativa capacidade financeira. A decisão do STF poderá ser um marco, influenciando futuras abordagens em relação a benefícios governamentais concedidos a ex-autoridades em todo o Brasil.

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