Irã executa quatro pessoas acusadas de espionagem a favor de Israel, levantando preocupações sobre arbitrariedades e falsas acusações

Irã executa quatro pessoas acusadas de espionagem a favor de Israel, levantando preocupações sobre arbitrariedades e falsas acusações

O governo iraniano confirmou a execução de quatro pessoas condenadas por espionagem a favor de Israel, gerando preocupações internacionais sobre a justiça das condenações. As execuções, realizadas por enforcamento, ocorreram nesta sexta-feira, 29, na província do Azerbaijão Ocidental, conforme relatado pelo site Mizan Online.

Os indivíduos, identificados como Vafa Hanareh, Aram Omari, Rahman Parhazo e Nasim Namazi, compreendiam três homens e uma mulher. Eles foram acusados de serem membros de um grupo de sabotagem vinculado ao “regime sionista”, engajados em atividades prejudiciais à segurança nacional, sob a direção da Mossad, a agência de espionagem israelense.

Estas execuções ocorrem em um contexto de tensões crescentes entre o Irã e Israel. O recente conflito entre Hamas e o estado hebreu na Faixa de Gaza exacerbou a rivalidade silenciosa entre as duas nações.
Adicionalmente, um outro homem, também acusado de colaborar com o Mossad, foi executado em 16 de dezembro na província de Sistão-Baluchistão, sudeste do Irã.

Entretanto, estas ações do governo iraniano têm levantado sérias preocupações sobre a possibilidade de condenações injustas. Críticos argumentam que os julgamentos podem estar se baseando em suposições ou denúncias sem fundamentos concretos, muitas vezes originadas de disputas pessoais ou políticas. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, alertam para o risco de pessoas serem penalizadas injustamente, enfatizando a necessidade de processos judiciais transparentes e justos.

A alta taxa de execuções no Irã, a segunda maior do mundo depois da China, conforme relatado pelo grupo de direitos humanos Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, também tem sido alvo de críticas internacionais. Em outubro deste ano, mais de 600 execuções foram registradas, o maior número em oito anos.

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