O impacto do atendimento psiquiátrico multidisciplinar no tratamento de transtornos mentais

O impacto do atendimento psiquiátrico multidisciplinar no tratamento de transtornos mentais

Cada vez mais, a ciência e a prática clínica mostram que tratar a saúde mental vai muito além da prescrição medicamentosa. A abordagem multidisciplinar — que reúne diferentes especialidades em torno do bem-estar integral do paciente — vem ganhando espaço e apresentando resultados mais eficazes e duradouros no enfrentamento dos transtornos mentais.

Para a psiquiatra Dra. Bianca Bolonhezi, CEO do Instituto Macabi, o termo “transtorno mental” deve ser preferido em relação a “transtorno emocional”, justamente por sua precisão científica. Segundo a médica, cuidar da saúde mental exige uma visão ampla e integrada da vida do paciente. “Existem sete pilares fundamentais para mantermos uma boa saúde mental: atividade física, alimentação saudável, sono de qualidade, rede de apoio, psicoterapia, espiritualidade e autocuidado. E, claro, o uso da medicação quando necessário”, explica.

No entanto, nenhum profissional consegue oferecer suporte completo em todas essas áreas. É nesse contexto que entra a importância do cuidado multidisciplinar. “Quando falamos em atividade física, por exemplo, podemos contar com a orientação de um educador físico ou fisioterapeuta. Já na alimentação, o acompanhamento de uma nutricionista é essencial para reduzir processos inflamatórios que afetam diretamente a saúde mental”, destaca a psiquiatra.

Além da psiquiatria, que muitas vezes é responsável pela coordenação do tratamento medicamentoso, o suporte terapêutico com psicólogos, psicanalistas e neuropsicólogos (a depender da idade e do caso) é essencial para desenvolver o autoconhecimento e preparar o paciente para lidar com futuras adversidades. “A ideia é que o paciente não apenas melhore do ponto de vista biológico, mas também reconstrua sua autonomia emocional e funcional”, reforça Dra. Bianca.

A atuação conjunta desses profissionais proporciona um olhar mais amplo sobre o contexto e as necessidades do indivíduo, favorecendo não só a melhora clínica, como também a adesão ao tratamento e a prevenção de recaídas. “Essa integração resgata a dignidade e fortalece a jornada do paciente em todas as esferas da sua vida”, finaliza a médica. (Agência Viva)

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