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Da Redação – Neste ano de 2025, o Real Forte Príncipe da Beira completa marcos históricos significativos: 250 anos desde o início de sua construção (1775) e 242 anos desde sua inauguração oficial (1783).

Neste contexto, uma obra literária do acadêmico Abnael Machado de Lima continua sendo referência obrigatória para quem deseja compreender a magnitude dessa epopeia: o livro “História – Real Forte do Príncipe da Beira, 236 anos”, lançado em setembro de 2013.

A construção do forte foi iniciada em 19 de abril de 1775, teve sua pedra fundamental lançada em 20 de junho de 1776 e foi concluída em 20 de agosto de 1783, após oito anos de trabalhos. O título do livro refere-se aos 236 anos transcorridos entre o lançamento da pedra fundamental (1776) e o período de elaboração da obra, provavelmente 2012, sendo lançado oficialmente em setembro de 2013. A edificação representa a maior fortificação militar erguida por portugueses fora do continente europeu e a maior das Américas.

Para Abnael Machado, a edificação simboliza “a grande epopeia humana na região de Rondônia, uma construção que supera em muito os esforços feitos para termos a Madeira-Mamoré e a Linha Telegráfica Estratégica liderada pelo Marechal Rondon”.

Testemunho de quem nasceu no Forte
Juscelino Moraes do Amaral, então grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia (Glomaron), que apoiou o lançamento da obra, tem uma ligação especial com o tema. Nascido em 16 de janeiro de 1962 no próprio Forte Príncipe da Beira, hoje município de Costa Marques, Juscelino Amaral enfatiza a importância do trabalho literário e recomenda o livro por seu valor histórico.

“Como alguém que nasceu no Forte, posso atestar a importância desta obra para a preservação de nossa memória. O trabalho do professor geógrafo e imortal acadêmico Abnael Machado “in memorian” resgata uma história que não pode ser esquecida”, destacou Amaral que cursou Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e é advogado formado em Direito pela FARO. Ele reforçou que as instituições civis tem interesse em apoiar iniciativas culturais que preservem a memória regional como o monumental Forte erguido nas barrancas do Rio Guaporé em 1776.

Reconhecimento acadêmico
Membro da Academia de Letras de Rondônia (Acler), onde ocupa a cadeira número 6, e do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia (IHGRO), o autor produziu um trabalho que, passados mais de dez anos, permanece atual. O livro conta com registro fotográfico do jornalista Rosinaldo Machado, documentando a monumentalidade da fortificação militar.

Na ocasião do lançamento, em 6 de setembro de 2013, o acadêmico Dante Ribeiro da Fonseca, então presidente da Acler, já previa a longevidade da obra: “O novo livro do acadêmico Abnael Machado de Lima traça novas luzes sobre aquilo que conhecemos a respeito do Real Forte do Príncipe da Beira e certamente servirá de fonte de pesquisa àqueles que estudam as instalações militares na região”.

Patrimônio histórico
O Real Forte Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques, foi encontrado abandonado e coberto de vegetação em 1914 pela expedição do marechal Cândido Rondon. Hoje, após décadas de trabalhos de preservação, a fortificação é patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1950 e está sob cuidados do Exército Brasileiro.

A acadêmica Yeda Borzacov, então presidente do IHGRO, que também apoiou o lançamento, destacou a trajetória educacional do autor e suas contribuições para a preservação da memória regional desde os tempos do Território Federal.

Legado literário
Abnael Machado de Lima consolidou-se como referência em história regional, com publicações sobre história, geografia e educação. Entre suas obras, destaca-se também o registro dos 50 anos da Caravana Ford, primeira comitiva de veículos que percorreu o trecho São Paulo-Porto Velho pela rodovia BR-29 (atual 364), marco da integração rodoviária da Amazônia.

A obra sobre o Forte Príncipe da Beira permanece disponível e continua sendo procurada por pesquisadores, estudantes e interessados na história da ocupação territorial de Rondônia.

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