Após o revés por 3 a 0 na altitude de Quito, no Equador, na partida de ida, o Palmeiras precisava superar uma missão quase impossível no Allianz Parque. Mas, como havia alertado o técnico português Abel Ferreira, se havia um time capaz de reverter o placar, era o Verdão — e foi exatamente o que aconteceu. Uma noite incrível. Memorável.
Aos 20 minutos, Allan cruzou da direita com precisão, e Ramón Sosa, de cabeça, superou Alexander Domínguez com sutileza para abrir o placar.
O segundo gol saiu apenas aos 50 minutos do primeiro tempo. Após desperdiçar uma chance clara em contra-ataque, Vítor Roque acertou o passe para Bruno Fuchs, que desviou para o fundo da rede: 2 a 0. O resultado reacendeu a esperança da equipe paulista para a etapa final.
A entrada de Raphael Veiga aos 64 minutos, no lugar de Sosa, foi decisiva. Quatro minutos depois, Vítor Roque avançou pela esquerda e esperou o momento certo para acionar Veiga, que apareceu livre diante do goleiro e marcou o terceiro.
Aos 81, Allan protagonizou uma jogada espetacular: driblou quatro adversários e foi derrubado por Carlos Gruezo dentro da área. Pênalti. Veiga cobrou com segurança, confirmou a goleada e garantiu a classificação para a sétima final da Libertadores, marcada para 29 de novembro, no Estádio Monumental, em Lima, no Peru. O adversário será o Flamengo, repetindo a decisão de 2021 — confronto que também se reflete na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro.
O árbitro deu seis minutos de acréscimo, e a tensão permaneceu até o fim no Allianz Parque. Mas o mais difícil já havia sido feito. Em mais uma noite épica, Abel Ferreira não conteve as lágrimas ainda no gramado. Ele já havia avisado no Equador: “Noventa minutos no Allianz é muito tempo.”
O campeão em Lima conquistará a quarta Libertadores de sua história. O Flamengo venceu em 1981, 2019 e 2022. O Palmeiras levantou o troféu em 1999, 2020 e 2021.


