A Justiça Federal emitiu um mandado de prisão preventiva contra o ex-deputado estadual Tiziu Jidalias, que agora está foragido. Esse mandado faz parte da operação Forja de Hefesto, conduzida pela Polícia Federal, com o objetivo de desmantelar um esquema de comércio ilegal de cassiterita na Terra Indígena Yanomami.
Tiziu Jidalias, um empresário de Ariquemes e ex-deputado estadual de Rondônia (2007-2010), é uma figura política bem conhecida na região. Ele é acusado de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e usurpação de patrimônio da União. As investigações apontam que Jidalias possuía maquinários operando ilegalmente no território Yanomami.
A Operação Forja de Hefesto
A operação tem como foco a venda ilegal de cassiterita, um mineral chave na produção de estanho, para empresas multinacionais. Junto a Jidalias, Nelcides de Almeida Mello, administradora de uma mineradora, e Filipe José da Silva Galvão, suposto sócio do ex-deputado, também são considerados foragidos.
Filipe José, detido anteriormente por operar garimpo ilegal, é um nome destacado no esquema. Em 2021, ele foi preso em um hangar associado a atividades ilegais na Terra Yanomami.
Impacto e Escala do Esquema
As investigações revelaram que, em apenas cinco meses de 2021, uma empresa comprou mais de R$ 166 milhões em cassiterita de uma mineradora ilegal. Essa mineradora, com sede em Rondônia e filial em Roraima, fornecia o minério para grandes multinacionais.
Medidas Judiciais e Investigações em Andamento
A Justiça Federal bloqueou R$ 240 milhões dos envolvidos e suspendeu as atividades da mineradora, que possui mais de 150 processos minerários. As investigações buscam desvendar toda a rede de exploração e comercialização ilegal de cassiterita, inclusive identificando intermediários que “lavam” o minério através de empresas em outros estados.
