*Por Jordan Kope, Israel – No âmbito das celebrações natalinas, uma discussão recorrente emerge sobre a verdadeira identidade de Jesus, uma figura central do cristianismo. Surgem alegações, muitas vezes alimentadas por propaganda nacionalista, que buscam retratar Jesus como palestino. Este artigo visa esclarecer essas afirmações e restaurar a perspectiva histórica acerca de sua identidade judaica.
Jesus, um Judeu na Judeia
Jesus nasceu judeu e viveu em um reino judeu, que ocupa grande parte do que hoje conhecemos como Israel. Documentos históricos e religiosos, incluindo o Novo Testamento, detalham sua vida e práticas dentro da tradição judaica. Lucas, um de seus discípulos, registra que Jesus foi circuncidado e frequentava sinagogas, práticas comuns na fé judaica.
Além disso, é importante ressaltar que Jesus era do reino judeu da Judeia. Mateus, um outro discípulo, detalha meticulosamente que Jesus nasceu em Belém, na Judeia, e pregou pela Galileia e Judeia, reforçando sua identidade e origem judaicas.
A Construção Histórica do Termo “Palestina”
A referência à “Palestina” na época de Jesus é anacrônica. Este termo deriva da Filistia, terra dos filisteus, que existiu séculos antes do nascimento de Jesus. Após a derrota da terceira revolta judaica, o Império Romano renomeou a região como Síria Palaestina em 135 d.C., muito tempo após a morte de Jesus. Essa mudança visava diminuir a identificação judaica com a terra, uma tática que persiste até hoje em várias formas de antissemitismo.
A Negligência da História Judaica e o Antissemitismo
O revisionismo histórico que tenta apagar as conexões judaicas com Israel é um fenômeno preocupante. Organizações como o Hamas, em sua carta, e a Organização para a Libertação da Palestina, em sua Carta Nacional, negam os laços históricos e religiosos dos judeus com a Palestina. Tais narrativas são formas de antissemitismo, pois buscam deslegitimar e apagar a história e a cultura judaicas.
O Impacto da Desinformação
A representação de Jesus como palestino é mais do que um erro histórico; é uma parte de uma estratégia mais ampla que visa apagar a identidade judaica da história de Israel. A desinformação e a distorção histórica têm implicações sérias, não apenas na compreensão da história, mas também nas atuais discussões políticas e religiosas.
Restaurando a Verdade
É importante reconhecer e respeitar a verdadeira identidade de Jesus como um judeu da Judeia. Desmistificar a afirmação de que ele era palestino não é apenas uma questão de precisão histórica, mas também um passo importante contra o antissemitismo e a desinformação. É uma questão de preservar a integridade histórica e a honestidade intelectual frente às narrativas que buscam reescrever a história.
*O escritor deste artigo é diretor de educação política da StandWithUs, uma organização internacional dedicada a combater o antissemitismo e a desinformação sobre Israel.